• Nóise no feiçe

  • Nóis no Tuíto

  • Olha uma coisa escrita aqui

    O que será que é isso que tá escrito aqui? bem do lado esquerdo do blog, ve se é lugar de colocar coisa pra ler, é esse o tipo de coisa que impede o Brasil de crescer, as crianças da África de comer e a empresa do Yakult lançar o tão sonhado Yakult 2L. Algo deve ser feito em relação a essa pouca vergonha, vou procurar meus direitos, e assim que os encontrar, juntarei com meus esquerdos e todos cantaremos canções natalinas com temas exóticos, tipo o natal da formiga mexicana, que andava de sombreiro e assistia chaves. Porém não acredito que essas atitudes me ajudarão a tornar o mundo melhor e mais agradável para meus filhos e netos, inclusive, não sei se terei filhos e netos se eu continuar nessa linha de raciocínio, preciso me sentar.. ah.. agora sim, preciso de uma coca bem gelada também.. isso.. isso.. isso não é coca, é café velho.. e sem açúcar.. mas bom que estava gelado. Agora sim posso pensar melhor sobre o futuro da nação, e tenho umas idéias para colocar em prática, tudo vai começar com uma tampinha de refrigerante, não importa qual, desde que seja redonda e sirva para sustentar parábolas sobre a moral nacionalista. Além disso precisarei de um espeto de madeira usado e três xícaras de feijão albino. Com os ingredientes em mãos, tudo de que preciso será somente uma baita alegria de viver, uma motivação para levar a cabo tão difícil tarefa. Mas hoje é segunda e não estou tão afim assim de ser um exemplo de cidadão, então vou fazer outra coisa.

    Este fragmento de texto foi encontrado há 3212 anos e exposto em uma caverna israelense, ao lado de um cachorro moribundo apelidado de Berenício e de 30 pés esquerdos de nativos. Algo que poderia passar despercebido é a importância do tal Berenício, um cão comum, à primeira vista. Quando se dá uma segunda olhada em Berenício, ele continua sendo um cão comum. À terceira vista, Berenício se mostra um dos cães mais comuns já vistos. Mas é na quarta vista, que Berenício se transforma, mostra suas garras, seu verdadeiro eu. Para melhor entender a interessante história de Berenício é preciso que voltemos alguns anos atrás, mais exatamente, 3,564 anos atrás, quando Berenício enfrentou uma importante etapa de sua vida, a puberdade. A puberdade é uma fase importante na vida dos humanos, a voz começa a mudar, o corpo começa a mudar, pêlos crescem. Na vida de um cachorro a puberdade muitas vezes passa despercebida, mas não na de Berenício. Ganhando a vida como locutor de rádio, nosso amigo não podia se dar ao luxo de pegar um simples resfriado, e sofria com a rouquidão causada pelas noitadas passadas em shows de retro-punk-neurótico, uma vertente mutcho-loka do punk que conhecemos. Acostumado a mascarar os efeitos das saideiras se encontrou sem saída quando em um show da banda "bolachas são para maricas" um camelo lhe desferiu um golpe que o deixou incapaz de pronunciar a letra h ou qualquer letra de música que contenha verbos no gerúndio. Como não coseguiu pedir que o levassem ao hospital, por não conseguir falar a palavra, o levaram a um buffet de sorvetes muito caro, ao acharem que era disso que precisava, porém as economias de sua vida toda foram gastas para saldar a dívida. Desde então Berenício viveu atrás de momentos marcantes da história em busca de compreender sua própria história. Percorreu milhares de quilômetros carregando nada mais do que apenas um rabo muito agitado e uma idéia na cabeça. Por onde passava trazia alegria, ou alergia, pois muitos eram alérgicos a pelos de cachorro nas regiões por onde andou, o que lhe custou algumas multas e pedradas. Pessoas o olhavam e não imaginavam o quanto esse cão havia sofrido em sua vida, não conseguiam mensurar a jornada pela qual o animal tivera que passar para estar presente ali, talvez por não estarem nem aí para ele mesmo, talvez por que o presidente de seu país em seu primeiro ato presidencial as tenha proibido de mensurar jornadas de seres vivos com mais de três patas, o que foi uma desolação para muitos patos poligâmicos. Durante toda sua vida Berenício pensava estar só, não que nunca tivesse alguém ao seu lado, muitos passavam ao seu lado, muitos passaram por sua vida, mas somente isso, passar. Nunca teve um encontro com alguém, nunca trocou afetos ou figurinhas colecionáveis num nível relevante, e por isso sofria, temia. Porém, sem motivos. Clerúndia se importava com ele, o acompanhava por toda parte, nunca o deixou sequer por um segundo, sonhava com ele, se alimentava dele, literalmente, ela era sua pulga.

Curtindo a vida melado

Aonde o desenho encontra a realidade, ou não

Pode comentar, o tio deixa sim, vai lá